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06 maio 2010

Je t'aime Jeanne Moreau

O poder de fascinação do cinema de Joseph Losey é impressionante, e Eva (1962), com Jeanne Moreau, é um exemplo da força de suas imagens. O procedimento de sua mise-en-scène é o procedimento de uma apurada valorização dos elementos plásticos-dramáticos da linguagem cinematográfica. Assim, este brilhante exercício trágico sobre a servidão humana, que é Eva, é um cinema da imagem, com influência da plástica arquitetônica. É a tragédia de um pobre-diabo (Stanley Baker) que se deixa dominar até a degradação absoluta por uma mulher (e ninguém menos do que Jeanne Moreau). A narrativa, porém, domina a fábula, e o discurso cinematográfico se sobrepõe ao elemento fabulatório. Eva está em cópia esplendorosa à disposição de quem a quiser nas melhores locadoras ou nos sites de compra de DVDs na internet, com a fotografia luminosa de Gianni Di Venanzo (as partes do Festival de Veneza foram filmadas por Henri Decae). É a Lume, nova distribuidora, que colocou o filme no mercado. Vale a pena uma visita ao seu site para tomar conhecimento de seu catálogo de lançamentos.
Ver Eva é ver um cinema de altíssima voltagem na sua expressão como arte autônoma.

Um comentário:

Jonga Olivieri disse...

Gostei tanto que vou publicá-lo no meu Facebook...